Virtual Insanity

E lá se vai mais uma semana...



Corram! Sexta feira vem aí, repleta de promessas, baladas e programas de índio!

Sinceramente? Com o passar dos anos o fim de semana passa a ser nosso refúgio, apenas pra descanso, sonecas, comidas gostosas, leituras de bons livros, e sonecas de novo.

Acho que to partindo pra uma velhice precoce, pois não agüento mais ir a lugares abarrotados de gente, com aquela barulheira sonora que você nem consegue identificar de que planeta veio. :S

Sou da turma dos caseiros, ou daqueles que preferem ir a algum barzinho tranquilo com amigos que tenham um papo interessante (pq cá entre nós, mala já basta aquela que a gente tem que carregar nas costas a semana inteira..rs)

Ultimamente as semanas estão passando depressa demais, e mais ainda os fins de semana. Cara, o que ta acontecendo? Por que estamos correndo tanto, deixando tantas coisas pra trás?
Ainda ontem eu estava brindando o reveillon com minha família, e hoje já passamos pela páscoa! E num piscar de olhos estaremos no natal novamente.
Tenho medo disso. E quem não tem? A vida passando por nossos olhos, envelhecemos, trabalhamos e continuamos numa infinita maratona.

Dia desses eu vi uma reportagem bem interessante no Fantástico (sim! Eu sou fã de fantástico!!) falando sobre essa loucura no tempo. E um especialista dava algumas dicas sobre como aproveitar melhor o dia, mas só lembro de uma, que dizia: A rotina faz com que os dias passem mais rápido, precisamos investir no “novo”, fazer coisas diferentes e tal.

Mas vem cá, eu, por exemplo, com a vida corrida que levo, labutando das 12hs às 21hs em uma cidade externa, andando de busão 3 vezes por dia (chegando em casa 22h15), com apenas 1h de intervalo, em que momento poderei investir em novidades?

Não apenas comigo, mas com muitas outras pessoas não deixa de ser diferente. Em certos momentos gostaria de ter aquele controle remoto do filme “Click” só pra fazer os bons momentos durarem mais, e os ruins passarem rapidinho! Mas... Como sonhar é apenas abstrato continuo brincando com o meu subconsciente durante as madrugadas, hihi.

Já contei que boa parte das amizades que fiz aqui, foram conquistadas dentro dos ônibus que pego todo santo dia? É engraçado, mas real. Pessoas que se sentam ao meu lado, e puxam papo, ou pessoas que possuem amigos em comum.
Vou sentir saudade das viagens, digo isso, por que sinto que minha transferência pra minha cidade está saindo. Torçam por mim!!!
Aí sim! Serei surpreendida novamente!! E aí sim! Poderei investir no “novo”!

Estou mudando de assunto aleatoriamente, conforme eles vão surgindo, pois to sem conteúdo que valha a pena hoje, mas não posso deixar de postar, pois isso renova minha criatividade... hehe

Voltando...

Por que será que somos tão acomodados?

Quando as coisas ficam fáceis, ou quando conseguimos algo pelo qual lutamos muito, simplesmente adormecemos e deixamos estacionado ali.

Deixe-me exemplificar melhor: tenho uma amiga, mas amiga mesmo! Daquelas que mata a aula na faculdade só pra te escutar! (haha, coitadinha, ela fazia isso por mim), mas enfim. Nós saíamos muito juntas na época da faculdade, tínhamos contato diário, nos falávamos por telefone e sempre marcávamos alguma coisa. Ela morava muito longe da minha casa, mas mesmo assim, isso não impossibilitava nada entre nós!
Depois que casei, sou praticamente vizinha dela, e o que aconteceu?? Eu nem a vejo mais! Sem brincadeira! A gente nem se fala mais, só pela internet! É irônico isso né? Agora que posso simplesmente atravessar a rua para vê-la isso não acontece, e me pergunto frequentemente o porquê.

Quer outro exemplo?
Um bem clássico. As mulheres quando estão namorando, se produzem, se maqueiam, se perfumam para seus amados. Mas por que tudo isso parece ir embora junto com o status “solteiro”?
Por que depois de conseguir aquele objetivo que você sempre almejou, você simplesmente relaxa e não tenta evoluí-lo?

Podemos citar também nossos empregos. Podemos lutar para uma promoção, ou procurar algo a nível de nossos esforços, mas simplesmente nos acomodamos ali, naquele, por que sabemos que ele sempre estará lá de braços abertos feito um abraço caloroso materno receptivo e sorridente.



O comodismo é algo que me preocupa, mas que está longe de meu entendimento. Ele apenas existe, eu o abomino, mas ele me acompanha. Em diversos fatores.

Estou ouvindo Los Hermanos.
Música: O velho e o moço, vocês deveriam ouvi-la. Aí vai um trecho:

Deixo tudo assim
Não me importo em ver a idade em mim,
Ouço o que convém
Eu gosto é do gasto.

Deixo tudo assim,
Não me acanho em ver
Vaidade em mim
Eu digo o que condiz.

Eu gosto é do estrago.
Ahhh
Ora, se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!

Vou levando assim
Que o acaso é amigo
Do meu coração
Quando fala comigo,
Quando eu sei ouvir...

Fica aí pra reflexão de todos nós.
Adoro analisar letras musicais, às vezes elas são minhas melhores amigas em momentos tristes.

Bom fim de semana.
O meu proMENTE! rsrs